quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Sai de baixo Toma Lá Dá Cá
Sai de Baixo Toma Lá Dá Cá
Nunca acreditei na bestialidade do homem até assistir à essa espécie de "Sai de Baixo" sem sair, que o sr. Miguel Fallabela trouxe para o público, utilizando-se desse veículo para retroagir em fatos e ao mesmo tempo e irresponsavelmente retrogradar em temas que com muita luta foram debatidos e combatidos em sua negatividade. Não consigo entender a proposta do riso pelo riso, sem se preocupar com ética e com a dignididade de pessoas que direta ou indiretamente são atingidas com piadas de profundo mau gosto, e realmente muitas vezes sem nenhum nexo - Qual nexo deveria ter um programa desse nível?!. O que nos assusta é que a Rede Globo mantém um programa como esse no ar, que com certeza não tem a audiência esperada por ela, só porquê não tem nehuma outra programação para exibir no horário até o término da temporada de 23 capítulos. Cadê os nossos "Vale apena ver de novo"? Pois seria muito bom assistir a programas como Obrigado Doutor, Malu Mulher, Quem Ama Não Mata, etc... Pois aí sim, que trata de temas relevantes como a luta de causas dignas que melhoram a vida do cidadão, tratando da diversidade de gênero, classes e abordando a violência doméstica.
Muitos defendem que o humor não tem que ser politicamente correto, mas, a correção é algo que não tem que necessariamente ser levada a sério.
Na Grécia Antiga o humor era para ridicularizar pessoas que eram consideradas menores e políticos desonestos. Taí onde o humor se torna importante e necessário.
Não sou reacionário de forma alguma, mas esse programa não diz nada com nada para ninguém com certeza, e às vezes me passa a idéia de segregação!
Não podemos nos utilizar de questões de caráter social, racial, sexual e outros para diminuir pessoas perante uma sociedade que já trás o preconceito enraizado em questões diversas, e aí vem um programa e reafirma isso.
Abaixo a xenofobia.
Abaixo o Toma Lá Dá Cá.
Nildson.
Nunca acreditei na bestialidade do homem até assistir à essa espécie de "Sai de Baixo" sem sair, que o sr. Miguel Fallabela trouxe para o público, utilizando-se desse veículo para retroagir em fatos e ao mesmo tempo e irresponsavelmente retrogradar em temas que com muita luta foram debatidos e combatidos em sua negatividade. Não consigo entender a proposta do riso pelo riso, sem se preocupar com ética e com a dignididade de pessoas que direta ou indiretamente são atingidas com piadas de profundo mau gosto, e realmente muitas vezes sem nenhum nexo - Qual nexo deveria ter um programa desse nível?!. O que nos assusta é que a Rede Globo mantém um programa como esse no ar, que com certeza não tem a audiência esperada por ela, só porquê não tem nehuma outra programação para exibir no horário até o término da temporada de 23 capítulos. Cadê os nossos "Vale apena ver de novo"? Pois seria muito bom assistir a programas como Obrigado Doutor, Malu Mulher, Quem Ama Não Mata, etc... Pois aí sim, que trata de temas relevantes como a luta de causas dignas que melhoram a vida do cidadão, tratando da diversidade de gênero, classes e abordando a violência doméstica.
Muitos defendem que o humor não tem que ser politicamente correto, mas, a correção é algo que não tem que necessariamente ser levada a sério.
Na Grécia Antiga o humor era para ridicularizar pessoas que eram consideradas menores e políticos desonestos. Taí onde o humor se torna importante e necessário.
Não sou reacionário de forma alguma, mas esse programa não diz nada com nada para ninguém com certeza, e às vezes me passa a idéia de segregação!
Não podemos nos utilizar de questões de caráter social, racial, sexual e outros para diminuir pessoas perante uma sociedade que já trás o preconceito enraizado em questões diversas, e aí vem um programa e reafirma isso.
Abaixo a xenofobia.
Abaixo o Toma Lá Dá Cá.
Nildson.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Me Esqueci de Novo
E agora?.. terei que estudar novamente o Hino Nacional. Logo agora que pensei não precisar mais cultuar o amor à minha pátria, me vem essa lei que me obriga a cantar ele.
Não é justo!
Assim devem estar pensando várias pessoas no país após a aprovação da lei que obriga as escolas públicas e particulares a cantarem o Hino Nacional pelo menos uma vez por semana.
Que mal há nisso?! Precisamos sim, cultivar esse amor pela nossa nação, e o hino nos faz refletir sobre ela.
A dificuldade está acredito, na falta de informações referentes a algumas palavras que não são usuais, pois a letra foi escrita no século dezenove e com o tempo realmente algumas palavras caem em desuso.
Precisamos despertar de verdade o patriotismo, pois ele é necessário até mesmo por questão de sobrevivência diante de fatos que a história já nos mostrou. Territórios invadidos por grandes “tubarões” e sem que o seu povo despendesse nenhuma reação.
Lembro-me quando estudante de ginásio todas as segundas-feiras tínhamos que hastear a bandeira e nosso diretor, professor Aldo, sempre à frente puxando o hino e eu o acompanhava em seu movimento de boca e tentava reproduzi-lo, até que um dia ele me disse que eu puxaria o hino da semana seguinte. Fiquei feliz e nervoso ao mesmo tempo, corri para casa para ensaiar com o hino na mão, uma semana que parecia um dia, não tinha mais tempo para nada a não ser ler o hino.
No esperado dia estava eu lá nervoso e com o hino todo amassado na mão, lembrando de algumas estrofes que sempre me confundiam à cabeça. Meu Deus! Ele me olhou e me chamou para frente para puxar o hino. Tremia muito e tentava disfarçar as frementes mãos que insistiam em não ficar escondidas, mas .. ali estava eu para cumprir a minha missão que tanto me preparei. Li tanto o hino que para variar fui estudar o hino da Bandeira Nacional e o mesmo, também eu já estava craque.
Na primeira estrofe, muito bem! Todos acompanhando perfeitamente. O problema é que como disse Carlos Drummond, havia uma pedra no caminho, ou melhor; havia um raio vívido na segunda estrofe e então comecei:
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul
Quando eu olhava para meus colegas, estavam todos estupefatos, percebi então que tinha trocado as letras do Hino Nacional com o Hino da Bandeira, que vergonha! Antes fosse a primeira versão do hino que não usava a palavra “seio”, ou até mesmo a versão na língua Tupy. E então aconteceu o que temia: o riso. A gargalhada se espalhou e após o silêncio clamado pelo diretor pedi para recomeçar e ele com toda benevolência aceitou o meu pedido, e assim fizemos o hino novamente e todos aplaudiram ao final. Fiquei feliz e ainda por cima ganhei "moral" com o diretor. A partir dali nunca mais esqueci o hino (que pena cantora!..), e descobrir o quão bonito e elevador de auto-estima ele é.
Bom, seguindo. Na sala de aula tinha um dos “gargalhadores” – termo usado no teatro para designar pessoas que riem em momentos trágicos, e ele então me pediu para ensiná-lo a letra do hino para que copiasse, pois a professora queria que ele cantasse o hino na sala e eu prontamente disse: Ih! Me esqueci de novo.
Nildson B. Veloso
Arte-Educador
sexta-feira, 10 de julho de 2009
A REALIDADE E A FICÇÃO
Às vezes ficamos a pensar como uma determinada personagem pode ser tão maquiavélica dentro de uma obra ficcional. Será que ela se mostraria assim dentro de uma realidade? Difícil responder a isso. Pois, somos constituídos de diversas formas de pensares que sinceramente não me surpreenderia se alguns de nós tivessem atitudes que nos deixassem tontos naquele momento.
A obra de Nelson Rodrigues já foi acusada de nos mostrar uma realidade grotesca e exagerada do ser humano. Se considerarmos que a arte imita a vida, logo veríamos o quão somos torpes e cruéis dentro de alguns universos dramatúrgicos. Logo então nos indignamos com nós mesmos. Como eu seria capaz de cometer esse ou aquele ato com o meu próximo?! Exclamariam alguns. Será que a ficção tem o direito de expor as nossas mazelas?
A ficção para alguns foi criada para nos transportar da nossa realidade, para que possamos sonhar com as utopias. Para outros não, a ficção existe para que possamos refletir as nossas vidas e os nossos atos e tentar de alguma maneira melhora-los ao reconhecê-los.
O fato é que estas formas existem para que nós as vivenciemos conforme as nossas histórias de vida e convicções. Portanto, a ficção cumpre o seu papel quando nos faz pensar de alguma maneira naquilo que estamos prestando atenção. Ela nos prende sempre, mesmo que no primeiro momento pareça menos interessante para nós. Ela sempre levará alguma vantagem em relação à realidade, pois, poderemos nos desligar da ficção a qualquer momento, enquanto que a realidade dura, cruel, boa, feliz, triste etc, não terá esta possibilidade de abandono.
Muito interessante seria viver a ficção durante a maior parte da vida não é mesmo? Poderíamos recriar uma realidade que as nossas convicções indicassem, e provavelmente iríamos ser muito mais felizes, mesmo sendo esta realidade uma ficção. Mas, e daí? O que as difere está justamente no nosso ponto de vista
A obra de Nelson Rodrigues já foi acusada de nos mostrar uma realidade grotesca e exagerada do ser humano. Se considerarmos que a arte imita a vida, logo veríamos o quão somos torpes e cruéis dentro de alguns universos dramatúrgicos. Logo então nos indignamos com nós mesmos. Como eu seria capaz de cometer esse ou aquele ato com o meu próximo?! Exclamariam alguns. Será que a ficção tem o direito de expor as nossas mazelas?
A ficção para alguns foi criada para nos transportar da nossa realidade, para que possamos sonhar com as utopias. Para outros não, a ficção existe para que possamos refletir as nossas vidas e os nossos atos e tentar de alguma maneira melhora-los ao reconhecê-los.
O fato é que estas formas existem para que nós as vivenciemos conforme as nossas histórias de vida e convicções. Portanto, a ficção cumpre o seu papel quando nos faz pensar de alguma maneira naquilo que estamos prestando atenção. Ela nos prende sempre, mesmo que no primeiro momento pareça menos interessante para nós. Ela sempre levará alguma vantagem em relação à realidade, pois, poderemos nos desligar da ficção a qualquer momento, enquanto que a realidade dura, cruel, boa, feliz, triste etc, não terá esta possibilidade de abandono.
Muito interessante seria viver a ficção durante a maior parte da vida não é mesmo? Poderíamos recriar uma realidade que as nossas convicções indicassem, e provavelmente iríamos ser muito mais felizes, mesmo sendo esta realidade uma ficção. Mas, e daí? O que as difere está justamente no nosso ponto de vista
TELETEATRO - O RETORNO
Um dos fatos que marcaram minha infância foi o de ter visto, pela primeira vez, uma cena de novela, lá pelos anos 70. Em tal cena, havia uma menininha numa cadeira de rodas com aquele ar de sofrimento. Me senti muito triste ao vê-la naquela cadeira. A novela era Fogo Sobre Terra e a atriz era Rosana Garcia. Anos depois, descobri que aquela situação era tudo de faz-de-conta. Fiquei muito confuso, pois como uma pessoa conseguia fingir tão bem? Ainda mais uma criança! Minha mãe então me explicou que aquilo era novela e que era tudo de mentirinha. Até então eu pensava, lá com minha cabeça de infante, que o nome “novela” se referia ao horário “nove”. E foi desde então que comecei a gostar daquelas mentiras que contavam pra gente na televisão. Aquilo era muito bom! Bem mais tarde, já na minha adolescência, passei a cultuar o gosto pelo fazer aquela “mentira permitida” e, mesmo sem ter alguém na família com algum passado na área, comecei a pensar que era aquilo que queria fazer: Teatro! A imagem daquela menininha (Vivi) não me saía mais da cabeça. Caso pensado, decidi estudar teatro com o intuito de fazer aquilo que eu via todas as noites em minha casa. Ainda na faculdade, comecei a pesquisar sobre a interpretação televisiva e então cheguei até o teleteatro. Maravilha! Era tudo que eu procurava: o fazer televisão com a linguagem teatral. Passada a euforia, percebi que o teleteatro era uma expressão artística praticamente morta. Não se tinha mais notícia no país desse fazer. Mas como as coisas ganham força quando elas têm que acontecer, então, eis-me aqui, trabalhando na TV Anísio Teixeira, coordenando o programa Teleteatro, numa retomada do hibridismo teatro-televisão, que nos proporcionará um retorno a essa indispensável e interessante forma de contar histórias.
Nildson B. Veloso.
terça-feira, 16 de junho de 2009
NÃO VOU MAIS ME ACUDIR
Não vou mais me acudir.
Cansei de correr atrás dos meus sonhos
e depois deixá-los ir embora.
Cansei de contemplar o tempo
e depois ir dormir.
Cansei de olhar para lua
e depois acender as luzes do quintal.
Não, não vou mais me acudir.
Não vou mais dizer para mim o quanto eu sou capaz
para que em seguida eu não desista de seguir.
Não vou mais dizer para mim o quanto eu sou forte
para que logo em seguida eu caia em prantos.
Não vou mais abrir as portas
para depois eu comprar mais cadeados.
Não, não vou mais me acudir
Não, não vou mais
Não, não vou
Não, não
Não
.
Cansei de correr atrás dos meus sonhos
e depois deixá-los ir embora.
Cansei de contemplar o tempo
e depois ir dormir.
Cansei de olhar para lua
e depois acender as luzes do quintal.
Não, não vou mais me acudir.
Não vou mais dizer para mim o quanto eu sou capaz
para que em seguida eu não desista de seguir.
Não vou mais dizer para mim o quanto eu sou forte
para que logo em seguida eu caia em prantos.
Não vou mais abrir as portas
para depois eu comprar mais cadeados.
Não, não vou mais me acudir
Não, não vou mais
Não, não vou
Não, não
Não
.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
SOFREGUIDÃO DE CRONOS
Quanto tempo leva um tempo para se esquecer daquele tempo? Que bom se o tempo desse um tempo para podermos curtir um tempo o tempo bom? Não seria bom?
Ah tempo! Que tempo ruim para sabermos que o nosso tempo passou, logo agora que estou com mais tempo para dar um tempo para tempos ruins. Que tempo é esse, meu Deus, que não dá um tempo?! Um dia eu hei de achar um tempo bom para que todas as coisas entrem, uma de cada vez, em seu tempo, no seu devido lugar.
Ah Cronos! Por que me deste este tempo? Por que queres a minha derme talhada? Por que mostras a mim a minha pendência capilar? A falta de melanina na minha púbis? Deus cruel! Me fez crer que o tempo me daria tudo de bom, não foi mesmo? Ledo engano. Agora me sinto o senhor dos tempos. Tempo em que era jovem, bonito; tempo em que eu era mais magro; tempo em que era feliz.
Quero o tempo Kairós agora! Não mais ligarei para Cronos. Ele me destruiu e me enganou. Cuidarei agora de cada momento que me resta. Quero aprender mais aquilo que deixei para trás. Quero ser eu em cada segundo que tiver. Relutarei agora ao ser devorado por esse pai autofágico.
Te renuncio Cronos! Não quero mais ser seu filho!
Adeus!
Ah tempo! Que tempo ruim para sabermos que o nosso tempo passou, logo agora que estou com mais tempo para dar um tempo para tempos ruins. Que tempo é esse, meu Deus, que não dá um tempo?! Um dia eu hei de achar um tempo bom para que todas as coisas entrem, uma de cada vez, em seu tempo, no seu devido lugar.
Ah Cronos! Por que me deste este tempo? Por que queres a minha derme talhada? Por que mostras a mim a minha pendência capilar? A falta de melanina na minha púbis? Deus cruel! Me fez crer que o tempo me daria tudo de bom, não foi mesmo? Ledo engano. Agora me sinto o senhor dos tempos. Tempo em que era jovem, bonito; tempo em que eu era mais magro; tempo em que era feliz.
Quero o tempo Kairós agora! Não mais ligarei para Cronos. Ele me destruiu e me enganou. Cuidarei agora de cada momento que me resta. Quero aprender mais aquilo que deixei para trás. Quero ser eu em cada segundo que tiver. Relutarei agora ao ser devorado por esse pai autofágico.
Te renuncio Cronos! Não quero mais ser seu filho!
Adeus!
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