Não vou mais me acudir.
Cansei de correr atrás dos meus sonhos
e depois deixá-los ir embora.
Cansei de contemplar o tempo
e depois ir dormir.
Cansei de olhar para lua
e depois acender as luzes do quintal.
Não, não vou mais me acudir.
Não vou mais dizer para mim o quanto eu sou capaz
para que em seguida eu não desista de seguir.
Não vou mais dizer para mim o quanto eu sou forte
para que logo em seguida eu caia em prantos.
Não vou mais abrir as portas
para depois eu comprar mais cadeados.
Não, não vou mais me acudir
Não, não vou mais
Não, não vou
Não, não
Não
.
terça-feira, 16 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
SOFREGUIDÃO DE CRONOS
Quanto tempo leva um tempo para se esquecer daquele tempo? Que bom se o tempo desse um tempo para podermos curtir um tempo o tempo bom? Não seria bom?
Ah tempo! Que tempo ruim para sabermos que o nosso tempo passou, logo agora que estou com mais tempo para dar um tempo para tempos ruins. Que tempo é esse, meu Deus, que não dá um tempo?! Um dia eu hei de achar um tempo bom para que todas as coisas entrem, uma de cada vez, em seu tempo, no seu devido lugar.
Ah Cronos! Por que me deste este tempo? Por que queres a minha derme talhada? Por que mostras a mim a minha pendência capilar? A falta de melanina na minha púbis? Deus cruel! Me fez crer que o tempo me daria tudo de bom, não foi mesmo? Ledo engano. Agora me sinto o senhor dos tempos. Tempo em que era jovem, bonito; tempo em que eu era mais magro; tempo em que era feliz.
Quero o tempo Kairós agora! Não mais ligarei para Cronos. Ele me destruiu e me enganou. Cuidarei agora de cada momento que me resta. Quero aprender mais aquilo que deixei para trás. Quero ser eu em cada segundo que tiver. Relutarei agora ao ser devorado por esse pai autofágico.
Te renuncio Cronos! Não quero mais ser seu filho!
Adeus!
Ah tempo! Que tempo ruim para sabermos que o nosso tempo passou, logo agora que estou com mais tempo para dar um tempo para tempos ruins. Que tempo é esse, meu Deus, que não dá um tempo?! Um dia eu hei de achar um tempo bom para que todas as coisas entrem, uma de cada vez, em seu tempo, no seu devido lugar.
Ah Cronos! Por que me deste este tempo? Por que queres a minha derme talhada? Por que mostras a mim a minha pendência capilar? A falta de melanina na minha púbis? Deus cruel! Me fez crer que o tempo me daria tudo de bom, não foi mesmo? Ledo engano. Agora me sinto o senhor dos tempos. Tempo em que era jovem, bonito; tempo em que eu era mais magro; tempo em que era feliz.
Quero o tempo Kairós agora! Não mais ligarei para Cronos. Ele me destruiu e me enganou. Cuidarei agora de cada momento que me resta. Quero aprender mais aquilo que deixei para trás. Quero ser eu em cada segundo que tiver. Relutarei agora ao ser devorado por esse pai autofágico.
Te renuncio Cronos! Não quero mais ser seu filho!
Adeus!
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